Abstract:
A participação de laboratórios em ensaios de proficiência é de fundamental importância para que se verifique a consistência das atividades desenvolvidas. Os resultados obtidos constituem-se evidência da qualidade e competência, assim como uma ferramenta de melhoria de desempenho. Num contexto geral, o ensaio de proficiência traz como benefícios: avaliação do desempenho do laboratório e monitoração contínua; evidência de obtenção de resultados confiáveis, identificação de problemas relacionados com a sistemática de ensaios; possibilidade de tomada de ações corretivas e/ou preventivas; avaliação da eficiência de controles internos; determinação das características de desempenho e validação de métodos e tecnologias; padronização das atividades frente ao mercado, e reconhecimento de resultados de ensaios, em nível nacional e internacional. Este relatório apresenta uma análise estatística dos laboratórios participantes do ensaio de proficiência promovido pela Coordenação de Programas de Ensaios de Proficiência da Diretoria de Metrologia Científica e Industrial (DIMCI) do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro para análise de cobre, metanol e carbamato de etila em cachaça. Quanto à cachaça, várias marcas de alta qualidade figuram no comércio nacional e internacional e estão presentes nos melhores restaurantes e adegas residenciais do Brasil e do mundo. O mercado consumidor de cachaça está cada vez mais exigente. Há um esmero maior na escolha das embalagens, a preocupação com o visual é grande. A cachaça deixou para trás uma conotação pejorativa, passando a fazer parte dos salões de festas, dos melhores bares, restaurantes e hotéis. A produção nacional da cachaça é de 1,3 bilhão de litros/ano e tem se mantido constante nos últimos anos. Deste volume, 10% têm origem artesanal, com 25 mil produtores (IBGE, 2004). Depois da cerveja, é a segunda bebida mais consumida. São Paulo é o maior produtor de cachaça industrial e Minas Gerais o quarto produtor nacional, o mais especializado na produção de cachaça artesanal. Até o final desta década a expectativa dos produtores é de crescimento acelerado das exportações, que poderão chegar a 42 milhões de litros do produto. Atualmente, a exportação da bebida representa apenas 0,8 % da produção total da cachaça. Até o final desta década a perspectiva é de atingir 4% da produção nacional com destino ao mercado externo. Observou-se que as regulamentações para bebidas alcoólicas destiladas dos países membros da OMC detêm-se principalmente na determinação do teor alcoólico e da matéria-prima do produto. Enquanto que alguns países especificam teores dos congêneres, outros acreditam que esta restrição poderia comprometer a comercialização dos seus produtos. Foram identificadas substâncias que são consideradas contaminantes de bebidas alcoólicas pelos mercados dos Estados Unidos, Canadá e União Européia. São elas: carbamato de etila (ou uretana) e hidrocarbonetos aromáticos polinucleares (HPA). Vale ressaltar que estas substâncias não aparecem nas especificações brasileiras vigentes para aguardente de cana (Inmetro, 2004).